quinta-feira, 24 de setembro de 2015

As incoerências do ensino tradicional de inglês


A postagem de hoje é um trecho do capítulo do meu livro "Aprendendo a Aprender Inglês" que será lançado até o final deste ano e é a base filosófica e o grande diferencial das aulas no ESP English Institute.

Ao invés de ser apenas mais um cursinho de inglês, temos a coragem de entrar num mercado altamente competitivo, quebrar dogmas e provar que é possível SIM aprender melhor e mais rápido. Você NÃO precisa ficar 8 anos num curso para alcançar a fluência. 

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"...A escola tradicional surgiu por volta de trezentos anos atrás na era dos impérios. Nessa época foi criado uma espécie de “computador global” que era feito de pessoas (nossa atual máquina burocrática), e para manter essa máquina funcionando precisavam de indivíduos que deveriam ser idênticos uns aos outros e, para qualificá-los, fizeram outra máquina: a escola. Até hoje essa máquina de produzir pessoas existe, o império se foi e devemos nos perguntar o que estamos fazendo com esse modelo que produz indivíduos iguais. Está na moda dizer que o sistema educacional está falido, mas ele foi brilhantemente construído – para aquela época. Hoje podemos afirmar que o mesmo está desatualizado pois não precisamos mais dele..."

"...Ao seguir um programa padronizado, todos os alunos devem aprender a mesma coisa, ao mesmo tempo e na mesma velocidade. O que significa que aqueles que não tem a mesma habilidade – o que é absolutamente normal – são incapacitados de seguir o programa, gerando frustração, desânimo e a errônea e extremamente destrutiva suposição que são incapazes de aprender.

Ao seguir o modelo desatualizado de ensino de séculos atrás, seja pela desinformação ou mesmo pela facilidade de comercialização da educação para obter maiores lucros, as escolas, faculdades e cursos em geral prestam um grande desserviço à comunidade e aos clientes, que investem grande quantidade de tempo e dinheiro, ao passo que poderiam construir seu conhecimento de forma mais eficaz e eficiente caso fossem aplicados os princípios da autonomia e personalização na aprendizagem. 

Uma das principais contradições e talvez um dos grandes responsáveis pela grande porcentagem de pessoas que ‘‘estudam’’ inglês por anos, mas não conseguem ser fluentes, é o fato de a grande maioria dessas escolas viram de ponta a cabeça o processo natural de aprendizagem. Reflita: você quando aprendeu seu idioma nativo, por acaso estudou gramática antes de conhecer as palavras e a aprender a ouvir e falar? Você somente tinha contato com o idioma dentro de uma sala de aula? Quando bebê você tinha apenas uma pessoa como referência para aprender o idioma, ou você aprendia com tudo e todos a sua volta?


Então por que as escolas tradicionais insistem em seguir um cronograma inflexível de forma linear em salas lotadas, ignorando a individualidade de cada um, simplesmente despejando conteúdo e não lhe dando autonomia para refletir e construir seu conhecimento? Pergunte-se ainda o motivo de, sempre no primeiro dia de aula, ‘’ensinarem’’ o tal do verbo “to be”? Do que adianta você saber como se usa o verbo se não tem vocabulário algum para formar frases e comunicar algo de seu interesse? Muito contraditório, não?



“Todos possuem um saber que deve ser valorizado. O mundo não pode se dividir entre os que sabem e os que não sabem.” 

(Paulo Freire) 

Veja bem, não defendo o não ensino de gramática e sim a reflexão da melhor maneira de se tratar esse conteúdo com cada aluno. Existem muitas pessoas capazes de falar inglês de forma correta sem ao menos saber as regras do idioma, ou seja, podemos aprender também de forma indutiva. Mas isso varia para cada indivíduo, veremos nos capítulos posteriores como cada um de nós possui inteligências e estilos de aprendizagem diferentes: algumas pessoas que são mais lógicas (usam mais o lado esquerdo do cérebro) irão se beneficiar das regras gramaticais. Outras, que tem mais facilidade de compreender as coisas num nível mais subjetivo por serem mais criativas (usam mais o lado direito do cérebro), aprenderão melhor de forma indutiva, sem regras. 

No entanto, é comprovado cientificamente que desenvolver ambos os lados do cérebro acelera a nossa aprendizagem e, por essa razão, experimentar diversas técnicas será de grande auxílio ao seu aprendizado. Podemos então afirmar que não existe fórmula mágica ou a melhor maneira de aprender, visto que somos todos únicos.

Seguindo o processo natural de aprendizagem de idiomas, em primeiro lugar você irá adquirir a ‘’matéria prima’’ (input: vocabulário, escuta, leitura) para depois produzir seu “produto” (output: falar, escrever) e ao passo que as primeiras peças são montadas, você irá adicionar os ‘’acessórios’’ para “refinar” ainda mais seu produto (gramática, pronúncia). Afinal, como você irá produzir algo se não tem conteúdo para tal? 

Você por acaso sabia que ao estudar um idioma, os arquivos de memória da fala e da escuta são completamente diferentes? Isso explica como muitos conseguem ler e escrever, mas tem grande dificuldade de ouvir ou falar. Você sabia também que a nossa dificuldade de pronunciar palavras como earth, though, etc., se deve ao fato de que tais fonemas não existem na língua portuguesa, e por isso temos que exercitar nosso aparelho fonador (órgãos responsáveis pela fala – pulmões, traqueia, lábios, dentes, etc.), criando assim uma nova identidade psicomotora? 

Aprender um novo idioma poderia ser comparado então a malhar na academia? De certa forma, sim. Você precisa praticar, repetir as séries de exercícios e manter o uso constante dos seus músculos ou eles atrofiam, correto? O uso de idiomas é bastante parecido. Assim como um atleta que tem grande disciplina e esforço para manter-se condicionado, você também deve fazer o mesmo para adquirir e manter sua fluência no idioma. 

Muitos por aí simplesmente irão dizer: “Para aprender inglês você tem que praticar, praticar e praticar.” Mas o mais importante que é o como fazer tudo isso, onde está? Todas essas habilidades fazem parte do aprender a aprender que, apesar de ser a base de tudo, não são trabalhadas na maioria dos cursos tradicionais.


“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.” 


(Ayrton Senna)


Acredito firmemente que o cenário ideal para aprendizagem de idiomas, é aquele que permita o máximo possível de personalização, imersão e autonomia dos alunos num ambiente mais próximo do natural possível. A modalidade de aulas particulares é aquela que permite isto com mais facilidade. Contudo, pode-se também criar um ambiente com este cenário ideal em grupos, porém pequenos, de no máximo oito alunos, pois quanto menor o número de alunos, maior a possibilidade de promover a otimização de estudo dos mesmos.

Desta forma, afirmo que para um maior e melhor aproveitamento, as escolas de inglês devem proporcionar aos alunos ferramentas e incentivo para prática fora de sala de aula (criando um ambiente de constante imersão), estimular sua autonomia, fazendo deles uma parte ativa do processo de aprendizagem, dando-lhes suporte e maior liberdade (e consequente responsabilidade) de escolha do que e como aprender, respeitando suas necessidades (nível atual de proficiência, objetivos com o idioma) seus estilos de aprendizagem, suas múltiplas inteligências e preferências. Devem, em primeiro lugar, auxiliar o aluno a aprender a aprender inglês, antes mesmo de ‘’ensinar’’ o idioma propriamente dito. 

As diversas reflexões sobre tais incoerências no ensino de idiomas e os mais de dez anos de experiência de ensino me motivaram a escrever este livro e aplicá-lo no ESP English Institute – English Especially for you, um projeto pioneiro no ensino de inglês onde o aluno aprende a aprender e tem e o máximo de autonomia e personalização possível nas aulas. 

Sabendo que o aprendizado nunca acaba, tais reflexões e práticas são constantemente revisadas e estudadas, de modo a buscar sempre a melhor maneira de aprender inglês. Esperamos que nossa contribuição auxilie você professor a refletir sobre sua práxis, e a você aluno a tornar-se mais autônomo, responsável e motivado com seu aprendizado e com os resultados positivos que com certeza você irá perceber..."




Sugestões:
Ao final deste capítulo sugerimos as seguintes reflexões e ações:

1. Tome as rédeas do seu aprendizado. Seja autônomo, criativo e responsável pelo que você constrói.
2. Seja independente do seu professor. Ele é o seu guia, mas quem vai cruzar a ponte é você. 
3. Ao procurar um professor, curso de inglês ou decidir estudar sozinho ou com um grupo de amigos, lembre-se de levar em consideração todos os aspectos mencionados neste livro e bons estudos!


Fonte: "Aprendendo a aprender Inglês" 
Autora: Damiana Bem (fundadora da ESP English Institute)
www.esprj.com


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